O tempo chuvoso habitual da manhã de finados, dia 02/11/2006,
não impediu o ritual de visitas no Cemitério Municipal Campo da Saudade, para homenagear e referenciar aos mortos.
Já o Cemitério Central, tombado pelo Poder Público, encontra-se fechado, em estado de total abandono, mesmo ainda existindo alguns restos mortais, cujas famílias não providenciaram a transferência.
O descaso com o Cemitério Central reflete-se no mau estado de conservação do local, que é de responsabilidade da Matriz de Nossa Senhora da Saúde, da Prefeitura Municipal, que contam ainda com a omissão da comunidade.
Em reunião realizada na Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, o Pároco anterior, Padre Miranda, mostrou interesse em levar ao conhecimento da Cúria Metropolitana o projeto de transformar a área do Cemitério Central em uma praça, que poderia ter como finalidade a realização de festas religiosas.
Apesar das imagens serem semelhantes, a cada ano aumenta o movimento no cemitério, proporcional ao números de sepultamentos.
A venda de flores tambem aumentou. O preço do vaso varia de R$6,00 a R$17,00

Finados de 2004
Papa diz que a morte é a passagem para a "vida eterna"

O Papa João Paulo II rezou por todos os mortos e pediu a todos os fiéis do mundo que não olhem a morte como a última palavra do destino humano, mas sim como a "passagem para a vida eterna". João Paulo II lembrou aos fiéis que é "importante e obrigatório ir aos cemitérios e rezar pelos defuntos".


Há coisas que não podem ser evitadas...

Dia de Finados com pouco movimento no Cemitério
Quem foi ao Cemitério Municipal Campo da Saudade, pela manhã, homenagear os mortos neste feriado de Finados encontrou o tempo nublado, como é tradição da data.
O dia começou com a presença de muitos parentes e amigos dos já falecidos ornamentando os túmulos com buquês e vasos de flores.
A área do local é ocupada, atualmente, por aproximadamente 1600 sepulturas, com estilo relatório para três urnas. O Cemitério ainda tem capacidade para mais 800 covas, e uma reserva de 20mil m2, podendo atender a comunidade para os próximos 20 anos.

O abandono do Cemitério Central e o descaso com os mortos
Túmulos depredados e parcialmente destruídos forma a imagem que se confunde com o Campo do Lagoa - é o que vêem as pessoas ao passar próximo ao Cemitério Central.
O abandono ocorreu após sua desativação na década de 80, quando foi inaugurado o Cemitério Campo da Saudade na região da Vila Maria. A situação se agravou mais ainda com a construção do primeiro prédio do Fórum, na pracinha em frente ao portão principal cemitério, onde hoje está instalada a Secretaria da Saúde. A situação do local mostra a indiferença da Comunidade, Poder Público, Igreja Católica e Entidades de Classe. Mesmo tendo ocorrido a transferência dos restos mortais de boa parte dos falecidos enterrados no antigo cemitério, quando os políticos são cobrados pelo descaso com a conservação deste ou uma nova destinação para o local, assim como a da Igrejinha do Rosário, vem logo a resposta: é problema da Igreja e da Cúria Metropolitana. O que não se pode esquecer é o fato destes locais sempre terem visitação do povo igualmente aos prédios públicos.

Ocorre que, para alguns projetos existe a boa vontade da prefeitura, com a aprovação da Câmara, como é o caso das reformas feitas em campos de futebol, entidades de assistência social, e, ainda, a ajuda às tradicionais festas da cidade, destacando-se o Parque de Exposições.
Vamos cuidar melhor do nosso patrimônio, ainda mais do local aonde foram enterrados nossos antepassados.
É mais uma parte de nossa história que está se perdendo.

Veja tambem: Dia de Finados,2001 2003.
Construção em frente ao portão principal
Túmulos depredados
Túmulos parcialmente destruídos
Indiferença...
Triste abandono - envie sua opinião.