05 de junho
Lagoa Santa não tem muito o que comemorar neste dia, pois houve poucos e tímidos avanços em relação à proteção do meio ambiente, destaque para a lagoa central. As árvores encravadas nos barrancos estão caindo.
Desmoronamento contínuo dos frágies barrancos devido ao solapar das ondas da lagoa.
Poda desnecesaria das gramas que foram á área verde no entorno, terreno está "ficando careca".
Nesta época do ano aumenta a absorvição do calor, combinado com baixa umidade aparecem trincas ou fissuras no solo e aceleram o tombamento.
Sem obras consistentes, as ações concentraram-se no âmbito das palestras, reuniões
Outro lado da lagoa que ninguem vê
 

 
 


Não agrida o meio ambiente. Jogue limpo com sua cidade.
Lagoa Santa não tem muito o que comemorar neste dia, pois houve poucos e tímidos avanços em relação à proteção do meio ambiente.
Sem obras consistentes, as ações concentraram-se no âmbito das palestras, reuniões, pressão do sistema imobiliário e do Executivo para atender cada vez mais a demanda.
Existem muitas críticas à construção de prédios de 20 a 50 apartamentos concentrados em locais com limitações de trânsito de veículos e mobilidade para pedestre.
Restando ainda a ressaca da polêmica lei que legitimou a construção de um hotel na Orla da lagoa, deparamos com projetos enlatados de 29 prédios com 5 pavimentos para atender o CIAAR e PAMA_LS.
E ainda, o Estado, que é dono da fazenda da Febem, tem interesse em desproteger a mata existenete no local para instalar um centro de capacitação em aeronaves.
Até parece que a União e o Estado precisam de terras, já que cada um possui áreas aqui em Lagoa Santa que medem mais de 40 alqueres.
Assoreamento lagoa Central - Parte 3
Eng. Demóstenes de Sales
Abril de 2012

“Cada pedaço de barranco que desaba dentro da lagoa no período de chuva, faz com que ela avance em direção aos passeios da margem na Av. Getúlio Vargas”.
Para melhor compreender esta edição, vamos relembrar trechos das edições passadas.

Na parte 1– “O que é Assoreamento” – edição n° 9.
- Processo natural e permanente, com o carregamento pelas enxurradas de materiais sólidos e finos “terra” vindo principalmente de terrenos e ruas descobertas.
No nosso caso as correntes vão em direção a lagoa central.

Na parte 2 – “Porque não devemos retirar o barro acumulado no fundo da lagoa” - edição n° 10.
- A preocupação com o assoreamento é coisa antiga, em 1967 o prefeito João Daher conseguiu uma “draga” e retirou grande parte da lama acumulada no fundo da lagoa.
O nível natural da lagoa desceu mais de um metro. Para estancar este fenômeno, a solução foi subir a parede de concreto do vertedouro.
Assim após vários períodos de chuvas o nível de cheia da lagoa, alcançou uma cota máxima, inundando a tradicional “Praia do Boschi” – defronte a atual “Arena”, e formou outra praia defronte a área dos atuais restaurantes.

Consequências,

Todo avanço das aguas formadas por rios, lagos, mares, represas, córregos, seja permanente ou periódica, sobre terrenos naturais tem seus efeitos danosos.
No nosso caso estamos convivendo por mais de 30 anos com os ciclos de cheia da lagoa após adquirir sua cota máxima.

Nos dias com fortes correntes de vento acontecem movimentos fortes das ondas, que vão solapando silenciosamente os barrancos, e aos poucos destruindo suas testadas.
Com o passar dos anos as áreas com barrancos mais frágeis e desprotegidos são desmanchados pelo batimento repetitivo das ondas dando lugar para as aguas da lagoa.
Dos 80mil metros quadrados de área forrada com grama e braquiária na orla, uma parte significativa já está ocupada pela agua.
Há anos, juntamente com o Prof. Othon, alertamos sobre este problema. Porem nenhuma medida foi tomada.

-Locais atualmente protegidos:
Defronte aos restaurantes com muro de arrimo de concreto.
Após o “horto” existem dois trechos de barrancos revestidos com pedra abalroada, lembrando que na década de 1980 o local tinha muro de arrimo que desmoronou.
Entre estes dois trechos, “onde existe uma moita de bambus”, foi construído como amostra um trecho com pedra empilhada de 80 cm de altura, com traçado sinuoso para melhor resistência, Infelizmente não prosseguiram.
A proteção é necessária só nos locais onde o barranco está a prumo.
A comunidade que diariamente caminha pela lagoa, frequentam as academias instaladas na orla e a prefeitura que faz serviços rotineiros não estão percebendo que os espaços recreativos veem diminuindo. Já existem equipamentos das academias bem próximos do barranco.

Gastamos tempo com reuniões e mais reuniões sobre o assoreamento no fundo da lagoa, sempre ouvindo “A lagoa vai acabar”, “Vamos Proteger Nossa Lagoa” deveríamos voltar nossa atenção para o grave problema do avanço descontrolado da lagoa em direção ao passeio.

Os estudiosos dizem que a lagoa central tem milhões de anos, deduz que no próximo século a área do passeio e parte da Av. Getúlio Vargas estará toda ocupada pelas aguas da lagoa central, pois em apenas 30 anos já perdemos bom espaço da área verde que a circunda.

Não poderia deixar de falar sobre a parceria do PAMA_LS com a Prefeitura feita no ultimo mandato do Prefeito Lindouro Avelar.
Foi uma boa ideia, a construção de cerca de contenção nos pés dos barrancos, com postes de madeira enfileirados, para evitar o desmoronamento dos barrancos, da Vila Militar ate a Várzea. Porem como nunca houve manutenção as madeiras fincadas foram caindo.
Ate hoje ainda vemos alguns trechos isolados desta cerca.

Obra de caixa elevatória de rede de esgoto (embargada) contribui para o avanço das aguas em direção ao passeio.

Próxima edição: É provável que a lagoa hoje tenha um volume de agua maior que há 40 anos.


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