Passagem centenária de acesso à lagoa central, mais conhecida como beco, é fechada entre a Av. Getúlio Vargas e R. Helena Antipof.
Existem seis Becos, que podem ser considerados ruas estreita, na região da Várzea, servindo de acesso à lagoa. Ocorre que, no mês de outubro de 2004, um deles foi fechado. A população ficou surpresa ao ver os tapumes impedindo circulação de pessoas pelo beco de acesso à Av. Getúlio Vargas, ao lado no n° 5300, tendo, ao fundo, um portão com cadeado no acesso pela rua Helena Antipof, ao lado no nº 122.
Tais becos centenários serviram e servem como passagem para lavadeiras, pescadores e a população em geral, servindo como meio de se chegar à lagoa, além de servir de escoamentos de águas pluviais. Os becos demonstram os primeiros traços de urbanização na criação de um município.
No dia 10 de julho de 2003, o Prefeito Genesco Aparecido assinou o decreto n° 370/2003, que determinou a desapropriação do imóvel localizado na Av. Getúlio Vargas, esquina com o "Beco" conhecido como rua Tibério Batista. A desapropriação se destina a abrir parte deste beco, atendendo a fins urbanísticos da orla da Lagoa Central. É de se estranhar que, após um ano do citado Decreto, um beco vizinho, adjacente ao número 5300, foi fechado por terceiros não identificados.
Buscando explicações para o ocorrido, várias pessoas se pronunciaram:
- A moradora do imóvel n° 122 da Rua Helena Antipof alegou que o fechamento aleatório do Beco tinha como finalidade evitar o vandalismo, já que o mesmo não possui iluminação pública.
- O Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos, Dr. Dalmar Morais Duarte, informou que não tinha conhecimento do problema até o momento.
- No dia 26/11 procuramos o Presidente da Câmara Municipal, Antonio F. da Silva (Toni), sendo-lhe mostradas imagens do local. O mesmo ficou surpreendido, já que só é possível fechar uma via pública após a aprovação da Câmara, que fará a descaracterização por motivo justo. O mesmo solicitou à Vereadora Vânia, que faz parte da Comissão do Meio Ambiente, que verificasse o acontecido.
- O Secretário Municipal de Planejamento, Lúcio Ângelo Soares, que está fazendo um bom trabalho montando o mapa urbanístico da cidade, informou que não se pode fechar uma via pública desta forma, principalmente tratando-se de Servidão Pública.
- O Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Márcio Mariani , muito ligado ao meio ambiente, não tinha conhecimento do fato.
- A Secretária Municipal de Meio Ambiente, Dra. Gleide da Saúde Ferreira Sodré, também desconhecia o fechamento do Beco. Foi perguntado a ela se o fato teria alguma ligação com a reforma das quadras do Areião, o que não é do seu conhecimento, pois o canal que foi manilhado entre as quadras não tem ligação com o Beco que foi fechado.
Se a comunidade e os poderes competentes não tomarem providências no sentido de se apurar quem foi o responsável pelo fechamento do beco e quais os motivos que levaram a esta atitude, em pouco tempo os dois muros paralelos que formavam o local, se transformará em apenas um.
Por outro lado, cabe também à Prefeitura iluminar e pavimentar os becos existentes para que se evite a ação de marginais no local, favorecidos pelo abandono, como acontece também no antigo e abandonado Iate Clube.
   
   
   
   
   
   
   
No dia 26 de outubro, a madeira do fechamento
estava pintada de branco.
Já no dia 06 de novembro, a mesma madeira foi repintada com a cor cinza, similar a um muro anexo.

A cultura de se avançar os limites reais dos lotes e ocupar áreas devolutas e públicas, é feita nas esferas pública, empresarial e particular. Vejam as imagens abaixo:
Casas e prédios extendidos sobre o canal sa R. Conde Dolabela. Cerca com menos de 1,50m de afastamento do meio-fio, na Av. Getúlio Vargas.
Proprietário cerca o passeio, impedindo a passagem de pedestres na Av. Hum, Recanto da Lagoa. O PAMALS fecha uma área no trevo de Confins, reservada para a construção de um Viaduto.
A antiga escola da Febem fez sua cerca na beira do canal, ao lado do ginásio Poliesportivo. Loja faz cobertura para expor suas mercadorias em cima do passeio da Av. João Daher.
Loja faz cobertura para expor suas mercadorias em cima do passeio da Acadêmico N. Figueiredo - Boca do Rancho. Prefeitura ocupa a praça em frente ao Cemitério Central para construir o antigo predio do Fórum e a Secretaria de Turismo.
Não agrida o meio ambiente. Jogue limpo com sua cidade.
Rua Santa Catarina é fechada por um morador, há um quarteirão da rua Ouro Preto, no Joá.
06 de novembro de 2004