Lagoa Santa, 11 de abril de 2005.

Tópicos de Problemas sérios do abastecimento de energia elétrica no
município de lagos Santa, MG, que traduzem em grandes prejuízos para a
população local.

Em vários locais, a distancia entre postes, aliada ao inadequado
dimensionamento dos cabos de alimentação, sem o esticamento adequado ou
falta de separadores e sem que haja uma distribuição adequada da carga de
consumo entre as duas fases disponíveis e existentes, fazem com que aqueçam
nos horários de pique de consumo (geralmente entre as 18:00 e 21:00hs),
fazendo com que estes cabos se aqueçam e conseqüentemente se dilatem ao
ponto de encostarem nos cabos inferiores, ocorrendo sistematicamente os
curtos-circuitos que por sua vez trazem os nefastos prejuízos à população,
que fica sem energia por várias horas, uma vez que os fusíveis de proteção
se rompem e necessitam ser trocados, serviços estes que demoram em média 3
(três) horas, e mais, os moradores tem seus aparelhos eletrodomésticos e
eletrônicos literalmente danificados pelos piques de alta tensão gerados no
curto circuito. Há ainda, a agravante da proteção automática da subestação
que quando detecta o curto circuito, se desliga automaticamente e em questão
de segundos religa, gerando piques de alta tensão, e conseqüentemente
danificando os aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos da população, e este
fenômeno ocorre até que o fusível de proteção de linha se rompa.

Ocorre em inúmeros locais o fato de não serem trocados os sensores
fotoelétricos de acionamento automático da iluminação publica, e sendo fácil
de se constatar por existirem vários postes de luz com as lâmpadas acesas
durante todo o tempo dia e noite, o que traz um prejuízo enorme para a
população local, ora vejam: uma lâmpada de 1000 (mil) Watts, consumindo 1
KW/h, ligada durante todo dia 24 horas, em um mês de 30 dias, consumiu 720
KW/h, o que corresponde ao consumo mensal de mais de 7 (sete) residências de
classe média, ou quase 25 (vinte e cinco) residências populares, traduzindo
em prejuízo para a população local que acaba pagando este desmazelo através
de impostos e tarifas.

A energia fornecida na localidade de Lagoa Santa, não tem uma regularidade,
chegando a ser fornecida entre valores de tensão com grande variação
flutuante, que chegam a 150 Volts, situação extremamente danosa para os
aparelhos eletro-eletrônicos domésticos, e também para as lâmpadas
domesticas e da iluminação pública que se queimam precocemente e sem motivo
aparente, o que traduz direta e indiretamente em prejuízos para os
concidadãos e a população. A tensão deveria ser fornecida em valores
constantes de 127 volts, podendo ter uma variação de mais ou menos 10%,
segundo as normas vigentes. Os aparelhos eletro-eletrônicos são projetados e
dimensionados para a tensão constante próxima de 127 volts. A população
muitas vezes tem seus aparelhos eletro eletrônicos danificados ou queimados
e desconhece que o problema é da freqüente variação flutuante da tensão
fornecida pela concessionária CEMIG.

Este problema também se reflete na telefonia local, que depende da energia
elétrica fornecida pela CEMIG, uma vez que os telefones deveriam funcionar
com a tensão nominal de 45 volts e as vezes encontramos até 60 volts,
danificando aparelhos de telefonia, onde os fax modem, placas mãe, e placas
de rede ISDN (Integrated Services Digital Network) dos computadores, são os
grandes vilões que se queimam com tamanha e incrível facilidade em nossa
cidade.

Vários outros são os problemas da rede elétrica, sua disposição e suas
proteções, que a população local deve entender, para poder reivindicar os
seus direitos junto a CEMIG. A população deve se conscientizar que quando
seu aparelho eletro-eletrônico ou lâmpadas queimam precocemente, o problema
geralmente é do inadequado fornecimento da cara, caríssima, energia
elétrica.

Fábio Márcio Assumpção Caillaux
Eng. CREA 18.371/D-4ª Região.