A COMISSÃO DE TRANSPORTE, COMUNICAÇÃO E OBRAS PÚPLICAS, COM BASE EM PEDIDO FEITO POR SEU PRESIDENTE DEPUTADO CÉLIO MOREIRA, REUNIU NO PLENARINHO II DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, NO DIA 09 DE NOVEMBRO TERÇA 14:30, COM FINALIDADE DE DEBATER A TRANSFERÊNCIA DOS VÔOS OPERADOS PELA PAMPULHA PARA O AEROPORTO INTERNACIONAL TANCREDO NEVES (CONFINS). APÓS LONGOS DEBATES FOI PRORROGADO PARA O DIA 05 DE MARÇO DE 2005, A PEDIDO DO PREFEITO FERNANDO PIMENTEL E CONFIRMADO PELO REPRESENTANTE DO DAC - DEPARTAMENTO DE AVIAÇAO CIVIL - Cel. ÁLVARO IBALDO BITTENCOURT. NESTE CASO A PREFEITURA, GOVERNOS ESTADUAL E FEDERAL DEVERÃO TOMAR AS MEDIDAS PARA A TRANSFERENCIA, TAIS COMO O MELHORAMENTO DAS VIAS DE ACESSO, DESTACANDO A AV. PEDRO I E A RODOVIA MG10.
O RECEIO DE TODOS É QUE HAJA NOVA INTERFERENCIA DO PREFEITO FERNANDO PIMENTEL JUNTO AO DAC PARA QUE SEJA ADIADA MAIS UMA VEZ ESTA NOVA DATA.




foto: Beto Magalhães
Principais assuntos debatidos na Reunião realizada na Assembléia Legislativa no dia 09/11
Aeroporto Internacional de Confins
Aeroporto da Pampulha
Somente com a união das forças políticas e comunitárias das cidades da região norte- Lagoa Santa, Vespasiano, Confins, S. J. da Lapa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Sta. Luzia e Sete Lagoas- poderá ser revertido o pedido feito pela Prefeitura de BH ao Governador Aécio Neves para que a transferência dos vôos para o Aeroporto de Confins ocorra no dia 1° de março de 2005.
Deputados querem transferência imediata de vôos para Confins.
Os deputados Fábio Avelar (PTB) e Gustavo Valadares (PFL) cobraram com veemência a transferência imediata dos vôos comerciais do aeroporto da Pampulha para o de Confins, sem esperar pelas obras de melhoria do acesso a Lagoa Santa anunciadas pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Belo Horizonte. Também o deputado Marcelo Gonçalves (PDT) defendeu a reabilitação incondicional do aeroporto de Confins e criticou a atitude do prefeito da Capital, Fernando Pimentel, de interferir no Departamento de Aviação Civil (DAC) para centralizar em Belo Horizonte os vôos interestaduais.

Esses posicionamentos foram feitos durante audiência pública da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas, realizada na tarde desta terça-feira (9/11/04), que teve a presença de outros três deputados, do secretário de Estado de Obras Públicas, Agostinho Patrús, e de representantes do DAC, da Infraero, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), da Prefeitura de Belo Horizonte, da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav), da Codemig, da Líder Táxi Aéreo e de lideranças das cidades de Lagoa Santa, Confins, Matozinhos e Pedro Leopoldo. Apenas a Fiemg e a PBH apresentaram posições contrárias à transferência dos vôos.

No entanto, a decisão tomada pelo DAC, a pedido do prefeito Pimentel, descarta a transferência dos vôos em 1º de dezembro próximo e adia para 5 de março, "desde que o departamento considere satisfatórias as condições estipuladas para melhoria da acessibilidade ao aeroporto de Confins", conforme ressalvou o representante do órgão, Cel. Álvaro Bittencourt. Valseni Braga, da Infraero. Ele acrescentou que os vôos das quatro principais companhias (Varig, Vasp, Gol e Tam) devem ser transferidos em conjunto, porque não haveria como dividi-los entre ponte aérea e demais vôos, a exemplo do que foi feito em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Agostinho Patrús, informou que o Governo de Minas já investiu este ano R$ 6 milhões na melhoria do piso, sinalização, iluminação, construção de passarelas e recuperação de guard-rails na MG-010 entre Venda Nova e Confins, e que o projeto definitivo para a construção de uma via rápida até Confins está sendo preparado pelo DER e será conhecido no primeiro trimestre de 2005.

O secretário municipal de Coordenação de Política Urbana e Ambiental, Murilo Valadares, acrescentou que a obra completa, incluindo a duplicação das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, e a readequação da Cristiano Machado, custaria R$ 150 milhões. "Há duas semanas, recebemos a garantia de recursos de R$ 1,38 milhão da Prefeitura e igual quantia do Governo do Estado para iniciarmos a duplicação da Antônio Carlos", informou Valadares. "Não teremos objeção à transferência se os investimentos para a acessibilidade forem garantidos. O prefeito Pimentel pediu adiamento de 90 dias para ouvir a sociedade", acrescentou.

Essa última afirmação inflamou o deputado Fábio Avelar, que contrapôs que a sociedade já havia sido suficientemente ouvida durante quase um ano de trabalho da Comissão Especial dos Aeroportos, e que havia ficado claro para ele que a maioria queria a transferência e que a data fixada em 1º de dezembro, numa audiência pública realizada em Confins no dia 17 de agosto, era definitiva, e não cabendo ao DAC alterá-la. Leandro Pinheiro, diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, acrescentou que a Prefeitura não havia participado de nenhuma das onze audiências sobre o assunto, e por isso ignorava a posição da sociedade.

Cel. Álvaro Bittencourt, do DAC, argumentou que se tratava de um pedido do prefeito da Capital, e que não era possível ignorá-lo. Marco Paulo Dani, da Fiemg, mencionou uma pesquisa do DAC com os usuários do aeroporto da Pampulha, segundo a qual 67% se opõem à transferência, e 20% criticam que não há oferta de vôos em Confins. Pela mesma pesquisa, nenhum usuário considera inseguro o aeroporto da Pampulha, se comparado a Confins.

Outro representante da Fiemg, Teodomiro Camargo, também se manifestou contra a transferência, alegando que Minas perderia competitividade para atrair grandes feiras para o Expominas, cujo espaço está sendo triplicado. "Feiras como a da construção civil, realizada em São Paulo, estão em decadência. O espaço é caro para o expositor e vemos aí uma oportunidade para Minas competir, mas perderíamos essa competitividade se os vôos não chegarem ao aeroporto central", disse ele.

Por outro lado, o representante da Associação Brasileira das Agências de Viagem, José Maurício Miranda, argumentou que 80% dos passageiros que compram suas passagens nos balcões dos aeroportos seriam favoráveis à transferência, e que Minas está perdendo vôos internacionais porque a Pampulha não comporta aviões de grande porte. "Precisamos pensar em vôos internacionais que desenvolvam o turismo. Os motivos que levaram à transferência dos vôos de Confins para a Pampulha foram puramente comerciais", afirmou.

O brigadeiro Paulo Sobreira, da Líder Táxi Aéreo, explicou que o Ministério da Aeronáutica decidiu transferir os vôos para Confins considerando sobretudo aspectos de segurança. "O aeroporto da Pampulha é obsoleto, ultrapassado, sem condições de implantação de engenharia de controle de vôo, e apresenta impossibilidade técnica de dar segurança à operação", garantiu. Suas palavras foram contestadas por Bittencourt, para quem o aeroporto está saturado, atingiu o máximo de sua capacidade, não tem como expandir, mas que era perfeitamente seguro, com um longo registro histórico sem acidentes importantes. "O DAC não seria irresponsável de permitir o funcionamento de um aeroporto inseguro, pois dirige o tráfego aéreo de um dos dez maiores países em aviação civil. Nós interditamos e interditaremos qualquer aeroporto que não atenda aos padrões internacionais de segurança", garantiu.

O deputado Fábio Avelar disse que todos os vôos de jato puro teriam que ser transferidos para Confins, ficando a Pampulha restrita à aviação regional, executiva e geral, desde que a aeronave seja turbo-hélice com capacidade para até 50 passageiros. Manifestou ainda sua indignação diante da atitude do DAC de ignorar a vontade da sociedade e seu receio que de a transferência seja protelada indefinidamente, mesmo a partir de março de 2005.

Aproveitando o quórum, Avelar apresentou quatro requerimentos, que foram aprovados. Dois deles pedem ao governador Aécio Neves e ao prefeito Fernando Pimentel que solicitem a revogação da decisão do DAC de adiar a transferência dos vôos para março. Outro pede as atas da reunião realizada em Confins no dia 17 de agosto, para conferir se o DAC não se teria comprometido a transferir os vôos em 1º de dezembro. O último requerimento pede outra audiência pública da Comissão de Transporte, com a presença da comunidade do entorno de Confins e dos prefeitos dos municípios prejudicados com o adiamento da transferência.

O presidente da Comissão, deputado Célio Moreira (PL), lembrou que inúmeras recomendações foram aprovadas no relatório final da Comissão Especial dos Aeroportos, além da melhoria do acesso à instalação. "Foram propostas a construção de um Rodoanel que melhorasse o acesso dos municípios metropolitanos, a transformação de Confins em aeroporto industrial, a construção de um ramal do metrô e a possibilidade de check-in remoto em Belo Horizonte, possivelmente no Central Shopping. Essas medidas também precisam sair do papel", cobrou Moreira.

Presenças - Deputados Célio Moreira (PL), presidente; Gil Pereira (PP), Fábio Avelar (PTB), Gustavo Valadares (PFL), Marcelo Gonçalves (PDT) e Mário Kangussu (PPS)
fonte: Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 3290 7715


Lagoa Santa foi a cidade com maior presença no plenarinho II da Assembléia Legislativa.
Destacando o Presidente da Câmara, Vereador Antônio F. da Silva (Toni), Vereador Lamartini, Vereador Osmar Calonge, Vereador Jadir Guilherme e Vereador Dr. Fernando.
Presidentes de associações e lideres comunitários.
Alem do comparecimento dos meios de comunicação:jornais, televisão, rádios e internet.
Leandro de Castro Pinheiro, Diretor de Imprensa do SINA - Sindicato Nacional dos Aeroportuários, é um grande defensor da transferência dos vôos para Confins. Esteve sempre presente em todas as reuniões das esferas municipais, estaduais e federais, além de 13 audiências públicas.
Se mostrou indignado com a quebra do acordo, reclamando que as medidas são alteradas à portas fechadas.
Ponderou que nossa demanda é tão baixa, que Minas tem 81 aeroportos que não são utilizados plenamente.
Informou que, caso a transferência se concretize a região vai ganhar mais de 10mil empregos à médio prazo.

Enfatizou tambem que este comportamento do Prefeito e seus aliados, alem de ser provinciano, retarda cada vez mais o progresso para Minas Gerais.
Vereador Jadir Guilherme, falando em nome do povo de Lagoa Santa e cidades vizinhas mostrou preocupação com as pessoas que já investiram nos alugueis de lojas no Aeroporto de Confins e a perca de esperança na geração de empregos. Como confiar nas palavras e protocolos assinados de agora para frente , se um acordo de nº 821 após tantas audiências foi quebrado.
 
Análise final:
prejuízos moral e político com a quebra da expectativa do acordo assinado em agosto de 2004, apôs 11 audiências, para tratar da transferência dos vôos do Aeroporto da Pampulha para Confins a partir do dia 01 de dezembro.
O embargo provocado pelo Prefeito Fernando Pimentel deixará prejuízos incalculaveis, pois de agora em diante ninguém mais vai acreditar nas promessas e intenções para retornar os vôos que já pertenceram a Confins.
Diz um Velho ditado: cada cidade tem o prefeito que merece, e tambem tem o Aeroporto que merece, mesmo apresentando riscos tecnicos, comprometendo a segurança dos passageiros, localizado em uma região fácil de ser alagada em períodos de chuva, acomodados empresários e diretores de Federações lutam pela ampliação do Aeroporto da Pampulha.
Uma coisa é certa, Belo Horizonte e a região metropolitana não têm demanda para dois aeroportos com vôos interestaduais.
Pensar em Confins é pensar grande,
Como fazem em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Pernambuco.

Eng. Demóstenes de Sales
10 novembro, 2004
"Posso não concordar com uma palavra que você está dizendo, mas morrerei lutando para que você as continue dizendo" Voltaire
Confira a reunião na Câmara Municipal de Lagoa Santa do dia 25/out/04
Capítulos da Novela Confins x Pampulha
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