Aeroporto Confins





A Infraero prevê para o início de 2004 a implantação do Aeroporto Industrial em Confins. Na primeira etapa do projeto foi destinada uma área de 70 mil metros quadrados para a instalação de empresas que necessitam de rapidez no escoamento de produtos para exportação, sem custo de armazenagem e transporte, aumentando também o fluxo de carga nos aeroportos. O assunto será tema do Fórum Infraero de Logística para o Desenvolvimento, que acontece em Belo Horizonte hoje. De acordo com o presidente da Infraero, Carlos Wilson, depois de BH, a Infraero pretende instalar o modelo no Galeão (RJ), em Petrolina (PE) e em São José dos Campos (SP).

 

Aeroporto de Confins terá perfil industrial

 No início de 2004, serão oferecidos 70 mil metros quadrados para empresas interessadas se instalarem no local. Ociosidade na movimentação de cargas está em torno de 60%

O governo de Minas Gerais e a Infraero deram o primeiro passo para transformar o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, num aeroporto industrial. A intenção é oferecer, no início de 2004, uma área de 70 mil metros quadrados para empresas interessadas em se instalar no local. Para isso, os dois lados anunciaram várias medidas de incentivos fiscais para estimular o interesse pelo aeroporto, que opera atualmente com uma ociosidade próxima a 60% no transporte de cargas. “Isso vai atrair não somente transporte de carga, mas indústrias de produtos de alto valor agregado, sem prejudicar o movimento de passageiros”, afirma Wilson Brumer, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado.

Os setores mais interessados em abrir fábricas dentro do aeroporto de Confins são, segundo Brumer, os de biotecnologia e eletrônica, além de indústrias joalheiras e farmacêuticas. Com menos impostos para montar seus produtos, essas atividades poderão vender, para o mercado doméstico ou externo, com melhor rentabilidade. Entre as medidas de incentivo anunciadas ontem estão a possibilidade de transferência de quaisquer créditos para o momento de instalação da empresa (desde que submetidos à análise prévia pelo fisco), a suspensão do ICMS nas remessas para industrialização (total ou parcial) fora do local incentivado do aeroporto-indústria e desembaraço eletrônico do imposto.

Outras propostas aguardam dependem de autorização da Assembléia Legislativa e do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Entre elas está a redução da alíquota de ICMS sobre a querosene de aviação, passando de 18% para 12%. Em um aeroporto industrial, as empresas residentes recebem mais rápido as matérias-primas importadas. O produto, após a aterrissagem, percorre apenas metros até o galpão do importador. Além disso, os aeroportos são considerados zonas aduaneiras, nas quais os materiais que chegam ficam livres de impostos de importação, pois o produto ainda não legalmente entrou no País.

Com o movimento gerado pelas empresas, demais atividades de serviço como hotéis, restaurantes e também fornecedores tendem a se instalar nas proximidades. Também haverá redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Importação (II) para as empresas que se instalarem no aeroporto. “O aeroporto de Confins é um dos mais modernos em termos operacionais”, diz Luiz Gustavo Schild, superintendente de Logística da Infraero.

Segundo ele, o primeiro lote de licitação de áreas paras empresas sai até abril de 2004. Ao todo, estarão disponíveis cerca de 1 milhão de metros quadrados para as empresas. A Infraero deve instalar modelos semelhantes de aeroportos industriais no Rio, Recife e São Paulo.


 

fonte: Jornal Estado de Minas, caderno  Ecomonia - 29/agosto/2003 e 30/agosto/2003

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