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Principais
assuntos debatidos na Reunião ordinária, realizada na Camara
Municipal de LS no dia 25/10
Aeroporto
Internacional de Confins
Aeroporto
da Pampulha
Somente
com a união das forças políticas e comunitárias
das cidades da região norte- Lagoa Santa, Vespasiano, Confins, S.
J. da Lapa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Sta. Luzia e Sete Lagoas- poderá
ser revertido o pedido feito pela Prefeitura de BH ao Governador Aécio
Neves para que a transferência dos vôos para o Aeroporto de
Confins ocorra no dia 1° de março de 2005.
A
Câmara Municipal de Lagoa Santa realizou no dia 25/out/04 uma reunião
para tratar da melhor utilização do Aeroporto de Confins.
A reunião contou com a presença de empresários, além
de lideranças políticas e comunitárias.Após a abertura da reunião, feita pelo Presidente da Câmara, Vereador Antônio F. da Silva (Toni), foi dada a palavra ao Deputado Estadual Fábio Avelar, relator da Comissão Especial dos Aeroportos, criada em 05 de julho de 2003.
Muitos motivos depõem contra o Aeroporto da Pampulha, que, após várias audiências públicas, teve o seu processo de início das obras, estimadas em 140 milhões de reais, interrompido. Um dos motivos foi a inconveniência de se construir, no lugar da praça pública existente no local, que, na realidade é utilizada como estacionamento, um prédio de 07 andares para garagem. As chuvas de 2003, e também a de outros anos, por várias vezes alagaram os salões do aeroporto, e, a falta de espaço físico para os passageiros é gritante e insuportável sem as devidas ampliações.
Com a quebra do Protocolo de Intenções n° 002/2004/0001, celebrado entre a INFRAERO, o Estado de Minas Gerais e o Município de Belo Horizonte, o Deputado Fábio Avelar enviou um ofício ao Governador, lamentando o adiamento da transferência dos vôos para Confins.
O Eng.
Gil Cesar, profundo conhecedor dos bastidores da máquina
pública, ressaltou a lentidão das obras de infra-estrutura
para melhoria no sistema de transporte de Belo Horizonte. Um exemplo é
o alargamento da Av. Antonio Carlos, que desde de 1979 não sai do
papel; o metrô, que já conta 20 anos, não teve ainda
a sua primeira etapa concluída, além de esperar, há
mais de um ano a liberação de 12milhões de reais para
complementação da sinalização entre a estação
São Gabriel e a Vilarinho.Já a trincheira na Av. Antonio Carlos com Santa Rosa, na Pampulha, foi construída após longos 18 anos, tendo sido inaugurada em 2003.
Enfim, temos que ser otimistas, pois as manobras políticas que impedem a transferência são temporárias e não poderão durar tanto tempo, já que o caos do Aeroporto da Pampulha está perto do insuportável.
O Vice-Prefeito Nelson Cândido elogiou a iniciativa Câmara Municipal de realizar a reunião, dizendo que a pouca utilização do Aeroporto de Confins se deve a um grande erro de planejamento. Concluiu que “Minas continua sendo uma província do estado de São Paulo e Rio de Janeiro, pois quando nós pensamos em fazer alguma coisa, eles já fizeram há muito tempo”.
O Empresário Rogério Avelar, do setor de frutas, justificou a necessidade da ativação em maior escala e demanda do Aeroporto de Confins, pois cada vez mais as indústrias aumentam suas exportações através do transporte aéreo.
Lembrou que no mundo existem somente 14 aeroportos construídos e projetados para receberem grandes volumes de cargas, sendo que o de Confins é o único do Brasil e também da América Latina.
Leandro de Castro Pinheiro, Diretor de Impressa do SINA - Sindicato Nacional dos Aeroportuários, é um grande defensor da transferência dos vôos para Confins. Esteve sempre presente em todas as reuniões das esferas municipais, estaduais e federais, além de 13 audiências públicas.
Se mostrou indignado com a quebra do acordo, reclamando que as medidas são alteradas à portas fechadas.
Ponderou que nossa demanda é tão baixa, que Minas tem 81 aeroportos que não são utilizados plenamente.
Informou que, caso a transferência se concretize a região vai ganhar mais de 10mil empregos à médio prazo. E, ainda, que o Promotor Tarcízio Filho garantiu que não haverá nenhuma obra no aeroporto da Pampulha se Confins não for ativado.
O
Prefeito eleito nas eleições municipais do dia 03 de outubro/04,
Antonio Carlos Fagundes, dirigiu palavras de otimismo, com
a esperança do apoio da comunidade, dos 09 Vereadores eleitos, deputados
estaduais, destacando Fábio Avelar e Alberto Pinto Coelho, além
do Governador Aécio Neves, e, na área Federal, pretende conseguir
junto do Ministério da Aeronáutica, a ampliação
dos serviços de manutenção das aeronaves, feita no
PAMA LS, e, por fim, a concretização definitiva da total utilização
do Aeroporto de Confins. Esta última medida irá gerar, de
imediato, mais emprego para a população local.
Análise
final:Parabéns ao Vereador Jadir Guilherme, que solicitou à Presidência da Câmara esta reunião, que abordou um assunto tão importante, que é o pleno funcionamento do Aeroporto de Confins.
Poucas vezes conseguimos unir políticos locais e de cidades vizinhas em um só objetivo: desenvolvimento e progresso para as cidades da região norte de Belo Horizonte.
Tive a oportunidade, como engenheiro, de trabalhar na construção do Aeroporto de Confins, no início da década de 80.
Também fiz algumas reformas no Aeroporto da Pampulha. Assim, quando me deslocava de uma obra para outra, sentia a grande diferença existente entre as duas áreas de ocupação: Confins, com seus 10 Km de extensão, três vezes maior que a do Aeroporto da Pampulha, além da área reservada para futuras ampliações, já que só foi construído 25% do projeto original.
Da verba destinada à construção do Aeroporto de Confins, executada pela Construtora Lagoa Santa (consórcio da Andrade Gutierrez com a Mendes Junior), a Infraero gastou 150 milhões de dólares com a parte civil e 130 milhões de dólares na área de equipamentos, sobrando um saldo de 20 milhões.
A vontade do Prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, claramente inconformado, tem a intenção de agir de todas as formas, em parceria com a imprensa da capital e alguns empresários locais, de Contagem e de Betim, para impedir a transferência.
Para conseguir o seu objetivo, a prefeitura de BH terá que desapropriar parte dos bairros São Bernardo e Jaraguá, ou estender o aeroporto até a Av. Antonio Carlos, o que é uma missão impossível.
A título de informação, lembramos que, qualquer pessoa que embarcar em um dos dois aeroportos em questão, tem, necessariamente, de chegar até à Pampulha. Assim, o tempo real do deslocamento deve ser o adicional, ou seja, da barragem da Pampulha até Confins, que conta com 26 Km, sem congestionamento, o que faz com que o percurso nunca ultrapasse o tempo de 25 minutos.
Então, chegamos à conclusão que, se o percurso até Confins aumenta para os habitantes das regiões sul e oeste da capital e cidades vizinhas, o mesmo diminui para a população norte, da região metropolitana, destacando-se as cidades de Vespasiano, Pedro Leopoldo, Lagoa Santa, Matozinhos, São José da Lapa, Sete Lagoas, Santa Luzia e muitas outras, que somadas, têm um parque industrial igual ou maior ao da Capital, Contagem e Betim.
Por tudo isto, defender Confins é pensar alto, como fazem os paulistas, cariocas e baianos, além de outros estados e países.
Eng. Demóstenes de Sales
29 outubro, 2004
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