Empresa espera triplicar produção em cinco anos
Com a fábrica de Lagoa Santa, a Philips espera produzir algo em torno de 50 máquinas de ressonância magnética por ano e triplicar a produção em cinco anos. O modelo básico custa US$ 900 mil. Quanto mais funcionalidades, mais cara fica. A Philips já contratou 50 funcionários e empregará mais 30. “Desenvolveremos um projeto de qualificação de mão-de-obra e daremos prioridade para quem for de Lagoa Santa”, diz Daurio Speranzini Júnior, executivo da Philips. Luiz Fernando Xavier de Figueiredo é um dos novos contratados. “É uma grande oportunidade de trabalhar com tecnologia de ponta.”
A empresa investirá ainda em empresas fornecedoras de peças. “Nossa intenção é aumentar o índice de nacionalização para 60%”, informa Speranzini . (JH)

Publicado em: 15/10/2008
Além de aparelhos de ressonância magnética, a fábrica de Lagoa Santa também produzirá aparelhos de tomografia computadorizada. Ela está localizada às margens da Linha Verde, logo após o trevo de Lagoa Santa, próximo ao aeroporto de Confins. Lá funcionava a VMI Sistemas Médicos, comprada pela holandesa por ser líder no mercado em equipamentos de diagnóstico por imagem, popularmente conhecidos como aparelhos de raio X.
A fábrica passou por uma reestruturação, e agora produzirá também os aparelhos de ressonância magnética e de tomografia computadorizada da Philips, além dos aparelhos de sua linha tradicional, entre eles, o mamógrafo digital e o aparelho de cateterismo.
O investimento foi de U$ 300 milhões, somando-se à compra desta unidade a aquisição da empresa Dixtal, de São Paulo, que também é do segmento equipamentos de saúde. "Esta é a primeira fábrica de ressonância magnética da Philips fora do eixo Europa-Estados Unidos, pois estamos redirecionando nossos investimentos em saúde para os países emergentes.
O foco será o mercado interno, mas também o Mercosul expandido, em que incluímos Colômbia e Venezuela. Acreditamos que o setor de saúde ainda deverá crescer muito no Brasil, pois há carência neste tipo de aparelhagem, principalmente no setor público. O mercado brasileiro absorve cerca de 120 máquinas de ressonância magnética por ano. Dominamos de 30% a 35% desse mercado", observa Daurio Speranzini Júnior, vice-presidente de Cuidados com a Saúde da Philips para a América Latin
Fonte: Publicado em: 15/10/2008 - Jornal O tempo - on line

Sem muito alarde, e sem promessas de políticos , a Philips do Brasil chega em Lagoa Santa com a compra da VMI, indústria de Raios X sediada na cidade.

VMI, empresa genuinamente brasileira, sediada em Lagoa Santa a rua Prefeito Elizeu Alves da Silva 400, iniciou suas atividades em 1985 com o objetivo de fornecer ao mercado produtos médico-hospitalares com tecnologia de ponta. Em 1999 recebe a recomendação para Certificação do Sistema de Gerenciamento da Qualidade com base na norma NBR ISO 9001 , época em que inicia o desenvolvimento da linha Plus, um sofisticado sistema de Raios X de alta freqüência controlado por microprocessadores, que possibilita acesso via modem e atualização tecnológica.
A Philips do Brasil anunciou ontem a compra da VMI Sistemas Médicos, líder na fabricação de equipamentos de raio-X, que registrou faturamento de R$ 60 milhões no ano passado e detém 36% do mercado brasileiro. A empresa de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, detinha participação maior em relação aos 14% da própria multinacional, graças à sua tecnologia , que lhe permitiu produzir os aparelhos a custo 30% mais baixo na comparação com o similar importado. Com essa aquisição, que não teve os valores revelados e ainda precisa ser aprovada por órgãos do governo, a multinacional passa a concentrar 49% do segmento nacional de radiologia e 32% da venda de equipamentos médicos em geral.

A estratégia dos donos dessa indústria familiar, Otávio Viegas e sua mulher, Sílvia Carvalho, foi ocupar a fatia do mercado brasileiro que, em 1985, data da fundação, não era atendida pelas multinacionais nem pelas empresas brasileiras. “A VMI montou um departamento de engenharia que passou a desenvolver mamógrafos de alta resolução e freqüência, porém menos sofisticados e com menor custo de manutenção em relação aos importados. Sua adaptação às condições meteorológicas do Brasil, como à umidade, fez também com que o produto fosse bem aceito”, compara. Em média, os aparelhos de mamografia importados da França, Alemanha ou Estados Unidos custam US$ 60 mil a unidade, ante US$ 45 mil a unidade fabricada em Minas.

Este ano, a VMI foi novamente pioneira no país ao lançar equipamento de raio-X digital no Brasil, com fabricação própria. Viegas ainda permanece durante 24 meses à frente da empresa para fazer a transição para os três executivos indicados pela Philips, sendo dois brasileiros e um estrangeiro, com nomes ainda indefinidos. A fábrica permanece em Lagoa Santa, pois já está preparada para a expansão, ocupando apenas 11 mil metros quadrados do total de 44 mil. Não há previsão de demissões no quadro de 125 funcionários.

Daurio Speranzini Junior, vice-presidente da Philips Medical para a América Latina, a divisão de saúde do grupo Philips está buscando os mercados emergentes, investindo em soluções locais como os aparelhos de raio-X da VMI. “No Brasil, o mercado hospitalar não precisa de um Rolls-Royce ou de uma Mercedes, precisa sim de um bom carro que funcione e que o preço caiba no bolso da pequena clínica e do governo. Buscamos soluções locais para mercados locais”, afirma. De acordo com ele, a meta é expandir as exportações da VMI dos atuais 5% do faturamento para 15% até 2009, em direção a outros países da América Latina.

fonte: Jornal Estado de Minas de 06/06/2006

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