Os primeiros estragos do período das chuvas na cidade.
O velho Eucacalipto tombado recentemente por força da natureza nas margens da lagoa central pode ter sido um aviso de que o período chuvoso já chegou, trazendo o risco das inundações, muita lama correndo pelas ruas, goteiras nos telhados e infiltrações dentro das casas, além de muito barro nos quintais. Mais ainda, teremos, no mínimo, uma média de 30 interrupções de energia elétrica, queimando nossos aparelhos eletrônicos, o que dificilmente vá ser reembolsado pela concessionária CEMIG.

No dia 05 de novembro de 2008 Lagoa Santa amanheceu como mostram as fotos, já que passou pelo primeiro temporal, anunciando que o período das chuvas já começou.
Este cenário que as fotos mostram na Avenida Getúlio Vargas, lado Várzea, se repete há mais de 25 anos.
Lula não era o Presidente do Brasil, não tinham as verbas do PAC, mas Juscelino Kubitschek, quando governador do estado, e Lindouro, quando prefeito, já construíram o canal que margea a rua Conde Dolabela, justamente para captar as águas que desciam do morro em direção à lagoa central.
Aprendemos pouco, pois o canal hoje é mal aproveitado, não tendo mais ligações com outros canais naturais que cortavam o morro do Joá.
A cada período chuvoso há um aumento da intensidade e do volume da água das enxurradas, transportando mais lama.
O que antes era um problema localizado, agora sem os serviços de contenção e com a ocupação desordenada das calhas dos canais naturais que durante anos serviram de defesa da própria natureza, atingem praticamente toda a extenção da Av. Getulio Vargas na bacia da Várzea.
Como a encosta tem as mesmas dimensões que há mil anos atrás, o volume da água da chuva que escorre no morro, fica hoje concentrado na Av. Carlos Orleans Guimarães - Ipiranga, e tem como afluentes a rua Ouro Preto que recebe água desde a bacia da lagoa do Francisco Pereira, hoje já toda assoreada.
Fato interesante acontece na rua Lindolfo da Costa Viana ou rua da escola da Apae, que é margeada por dois canais naturais já assoreados. Tal rua acaba no cruzamento com a rua Conde Dolabela, em cima do canal, porém, grande parte da enxurrada atravessa o canal por um pontilhão ali construído se espalhando e alcançando o Hotel Antônio Maria, até chegar finalmente na orla da lagoa.

Neste ponto crítico do cruzamento da Av. Getúlio Vargas com Av. Carlos Orleans Guimarães, a enxurrada tem que mudar o curso em 90° para cair no bueiro sub dimensionado.
Não existe revestimento de asfalto que resista às inundações; na maioria das vezes o local fica alagado, esperando que o sol faça a evaporação e a lama vire poeira.
Av. Getúlio Vargas tomada por lama em quase todo trecho da bacia da Várzea.
Parte do canal já assoreado, no eixo da av. São Sebastião que margea o Poliesportivo. Muitas árvores caíram com o temporal deste dia 04/11, e o bairro Brant foi um dos mais afetados.
A rua 13, no bairro Promissão, teve o revestimento de asfalto descolado da base, pela força da enxurrada. Nota-se que o calçamento foi interrompido, continuanndo erroneamente o revestimento com asfalto na parte mais baixa, onde existe o curso natural de um canal.
Veja o que escreveu a impressa de Belo Horizonte: MG TV Globo Minas - Jornal O tempo on line - Jornal Estado de Minas
Veja o que já foi publicado,
-Os primeiros estragos do período das chuvas na cidade no ano de 2008 - Madrugada de medo do dia 05 de nov de 2008
-Av. Getulio Vargas, dificil de passar - Outro lado da lagoa que ninguem vê - Muita lama, carro atolados - Esgoto jorra na lagoa - Chuvendo na lagoa - A lagoa vai acabar?
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