Acompanhe os capitulos da novela: Final Feliz
Confins x Pampulha.
 

Horário dos vôos

Transferência de vôos de Confins é proibida
O Departamento de Aviação Civil (DAC) negou  os
pedidos da TAM, da Varig e da Vasp de transferência dos vôos do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) para o Aeroporto da Pampulha. Dessa forma, o DAC garante pelo menos por enquanto o funcionamento de Confins e evita o aumento da sobrecarga da Pampulha. No entanto, representantes do Departamento não sabem ainda informar se as companhias aéreas vão continuar operando em Confins.

Caso o DAC autorizasse a transferência, sairiam do Aeroporto Internacional, que sofre com a ociosidade, três vôos da Varig, três da TAM e dois da Vasp. O Aeroporto da Pampulha tem capacidade para receber 1,6 milhão de passageiros por ano e em 2002 devem passar por lá 3 milhões de passageiros. Já Confins tem capacidade para atender 5 milhões de pessoas anualmente, mas recebe pouco mais de 600 mil.

A negativa do DAC vem atender algumas das reivindicações que estavam sendo feitas pelas comunidades que vivem no entorno do aeroporto. Sexta feira dia 30 de agosto, centenas de pessoas de Lagoa Santa, Confins e Vespasiano se mobilizaram para mostrar a necessidade de manutenção dos vôos, o que também representa o emprego de, pelo menos, 1,6 mil funcionários. O movimento, que está sendo chamado de Pró-Confins, organizou uma carreata do trevo de Lagoa Santa até o aeroporto, onde os participantes se concentraram na área de embarque e desembarque.

O coordenador do movimento, Roberto Félix de Souza, calcula que a morte do aeroporto deixaria em situação difícil muitas pessoas de sua cidade, Lagoa Santa. Pelo menos 230 famílias de taxistas seriam prejudicadas , diz. Também participaram da manifestação representantes do Sindicato dos Aeroviários, da Associação Comercial e Industrial de Lagoa Santa, do Sindicato dos Metalúrgicos de Vespasiano e de cooperativas de táxis de Belo Horizonte.

Segundo o diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Eustáquio de Oliveira, só a possibilidade da transferência de vôos de Confins para o Aeroporto da Pampulha já estava refletindo no aumento dos quadros de desemprego. Ele garante que a Varig já promoveu 17 demissões e a Sata Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos, que também atende a companhia aérea, demitiu 40 funcionários. A Varig ainda não confirma as demissões.

De acordo com o superintendente da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) em Confins, Ricardo José da Rosa Rodrigues, está nas mãos das companhias aéreas e do Departamento de Aviação Civil (DAC), a manutenção dos vôos no aeroporto.

fonte :jornal Estado de Minas 31 de agosto 2002

 

Pouso forçado - Aeroporto de Confins agoniza

(Angela Drumond)

O Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) corre o risco de ver interrompido o seu fluxo de passageiros, ficando reduzido ao transporte de carga. Essa tendência vem sendo analisada, segundo admitiu o presidente da Infraero (empresa que administra os aeroportos do País), Orlando Boni, ontem, em Belo Horizonte, principalmente após o pedido de cancelamento de quatro vôos da Varig e de transferência para a Pampulha de todos os da Tam. Mas isso não significa que o aeroporto de Confins será fechado , disse ele, mesmo porque os pedidos ainda não obtiveram parecer favorável e podem ser indeferidos. Em todo o País, o volume de passageiros vem crescendo a 8% ao ano, o que foi de 6,7% apenas no primeiro semestre de 2002.

De qualquer forma, as companhias aéreas não podem ser obrigadas a operar em aeroportos com demanda em queda, reconhece o presidente da Infraero. Com capacidade instalada para receber 5 milhões de pessoas por ano, o movimento em Confins está hoje reduzido a pouco mais de 620 mil pessoas por ano. Enquanto isso, o aeroporto da Pampulha, com capacidade para 1,5 milhão de pessoas já chegou a uma situação limite, com um volume próximo a 2,5 milhões de passageiros por ano. Por isso, estará recebendo investimentos no valor de R$ 20 milhões da Infraero, a partir de janeiro de 2003, para a melhoria das instalações de embarque e desembarque de passageiros, incluindo modernização do check in, informou o presidente da Infraero.

Mas a superlotação em alguns aeroportos e o esvaziamento em outros é um problema que vem sendo observado não apenas com relação ao aeroporto de Belo Horizonte, como em outras capitais, com os chamados aeroportos centrais , próximos a centros urbanos como Garulhos (SP), Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), entre outros, que requerem uma reorganização do trânsito aéreo brasileiro, informa Boni. Um estudo já está sendo feito pelos técnicos da Infraero, Departamento de Aviação Civil (DAC) e Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) para o remanejamento de linhas. A Infraero opera 65 aeroportos no Brasil e 82 estações de navegação aérea, mas apenas 30 dão lucro.

Apesar da falta de conforto atual das instalações físicas do aeroporto da Pampulha, Orlando Boni acha difícil redirecionar os passageiros para Confins. Temos que atender também a demanda dos usuários de transporte aéreo , ponderou. E existem queixas fortes com relação ao deslocamento e acesso a Confins, disse. Na verdade, segundo destaca, vem ganhando força a idéia de transformar o Aeroporto Tancredo Neves em um aeroporto-indústria, o que não chega a ser uma novidade, mas depende do interesse das empresas de se instalarem na região.

São 4 milhões de metros quadrados, dos quais entre 50 mil e 70 mil podem ser destinados a empresas que importam equipamentos e peças, que seriam montados e novamente exportados, com isenção de impostos. Apenas um percentual de 20% de interiorização desses produtos no mercado interno estariam sujeitos aos tributos , explicou. Mas nem a redução em 10% das tarifas do aeroporto internacional foi suficiente para estimular o tráfego no local. Sem passageiros, não há linhas , sintetizou.

-TAM confirma transferência de operação
-Dificuldade de acesso é a principal reclamação
-Superlotação na Pampulha dificulta novas operações
fonte Jornal Esdado de Minas 22 de agosto de 2002

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