Prefeitura não faz o dever de casa e a comunidade já vê os primeiros estragos logo no início do período das chuvas no ano de 2009.
Na rua 13, no Brant, um dos locais atingidos pelo forte temporal que caiu na cidade na madrugada do dia 04/nov/08, os moradores aguardam as obras de reparo da pista até hoje.
Deslocamento do asfalto na Rua 13 - Brant, devido as chuvas de nov de 2008, que teve destaque em toda a mídia da capital. Após quase um ano, a situação continua a mesma, sendo que os moradores já fizeram abaixo assinado.

Quem circula pelas ruas e avenidas da cidade durante o ano, pode perceber que as via passam por três estágios no período:
Primeiro: Do início do ano até o término do verão, convivemos com os buracos ou panelas nas pistas; muita lama; valas nas ruas e avenidas sem revestimento; e estradas rurais de difícil acesso.
A lama é transportada para dentro das casas pelos pneus dos carros; há erosão no leito das ruas e avenidas, poças de água nas pistas de rolamento e falta de luz devido à queda frequente de energia elétrica ocasionada pelas chuvas.
Segundo: Na chegada do inverno, convivemos com muita poeira nas vias públicas, acúmulo de lixos, galhos de árvores podados, muito entulho, materiais de construção sobre as calçadas e o reaparecimento de novos buracos nas pistas de rolamento.
Terceiro: No terceiro quadrimestre, ainda convivemos com entulhos de toda a natureza e sobras de materiais de construção amontoados e espalhados pelas vias da cidade de maior movimento ou aquelas na periferia, em estado de abandono. O que ocorre é que produzimos mais lixo do que coletamos e o excesso fica espalhado pelos lotes e vias abandonadas.

Se por um lado a Prefeitura tem se mostrado ágil e eficiente na cobrança do IPTU, por outro, tais características não transparecem na manutenção e na conservação de vias públicas e estradas rurais.
A situação mostrada nas fotos abaixo se repete há mais de 15 anos, o que seria amenizado caso houvesse uma manutenção e limpeza periódicas das redes subterrâneas de drenagem das águas pluviais, distribuídas nas ruas que convergem para a margem da lagoa. A drenagem subterrânea de água pluvial construída na década de 1980 com pequenas alterações nas bocas de lobo e construção das caixas de desaneração, reduziria muito as agressões ao meio ambiente, e daria mais conforto e segurança para quem trafega na Av. Getúlio Vargas.
Os problemas não seriam tão graves caso tivéssemos um plano preventivo eficiente de manutenção das vias urbanas.
A cidade possui uma média de 300km de vias públicas, trafegáveis, equivalendo-se a uma regional do DER-MG. As erosões nas vias são constantes em decorrência da geografia acidentada do município e do tipo do terreno, arenoso. A criação de um departamento de terraplenagem pela Secretaria de Obras, com todos os equipamentos básicos funcionando, além de um bom corpo técnico, seria uma tentativa animadora de amenizar os problemas.
Empregados da prefeitura trabalham em estado de emergência para desentupir as redes de água pluvial.
Com todo o sistema da rede de água pluvial da bacia da lagoa obstruído e os canais das grotas entupidas e invadidas, o caminho natural das enxurradas é as vias públicas e os lotes vagos. Tais cenas são vistas repetidas vezes há mais de 15 anos.

Cidade convive com muitas obras de saneamento (rede de água e esgoto) nas vias urbanas.
Outra situação que dificulta o acesso das vias é o fato das empreiteiras “rasgarem” as ruas, abrirem valas para o assentamento de tubos da rede de esgoto, deixando para trás os montes de terra e sobras de materiais.
Os excessos de terra, se não forem retirados e transportados para um local adequado, acabarão contribuindo para o assoreamento da lagoa central, margens dos córregos e terrenos ajusantes.
A fragilidade do reaterro não suporta a força das enchurradas, que bravamente retira a terra, formando uma fenda no leito das ruas.
Segundo informações da Copasa, trata-se de obra do PAC, sendo que a fiscalização cabe à Prefeitura.
Ressalte-se que existem locais onde foi feita a rede de esgoto, mas ainda não há rede de água, luz e nem urbanização definida.
O destino das redes secas a médio prazo é o entupimento, roubos dos tampões de ferro fundidos e afloramento causado por erosões. Mais uma vez a conta vai para o meio ambiente.

Região alto do Lundcea

Rua Ac. Nilo Figeuiredo
Vê-se por toda a cidade os montes de terras deixados nas vias e lotes após a construção da rede de esgoto.
Rede de esgoto do projeto PAC já sofrendo erosões, pela fragilidade da compactação; rede construída em locais sem moradias, nem rede de água e de luz. local: Sobradinho

Envie sua opinião....
Veja o que escreveu a impressa de Belo Horizonte: MG TV Globo Minas - Jornal O tempo on line - Jornal Estado de Minas
Veja o que já foi publicado,
-Os primeiros estragos do período das chuvas na cidade no ano de 2008 - Madrugada de medo do dia 05 de nov de 2008
- As chuvas castigam Lagoa Santa e, a cada mandato que se inicia,
-Av. Getulio Vargas, dificil de passar - Outro lado da lagoa que ninguem vê - Muita lama, carro atolados - Esgoto jorra na lagoa - Chuvendo na lagoa - A lagoa vai acabar?
- Lagoa Cheia pode não ser um bom sinal - Os trampolins na decada de 80 - Lagoa santa não tem muito a comemorar no dia do meio ambiente. Estrada do retiro fica interditada
www.lagoasanta.com.br - revista virtual da cidade.