Marlene Luzia enriquece nossa historia de
Gente da Gente

Pedimos licença à todos para relatar fatos que por pesquisas ou aleatoriamente (senso familiar) me foram repassados através dos anos aqui vividos.
GENTE DA GENTE

É por amor a minha terra natal e reconhecimento as pessoas que aqui viveram quero através de simples palavras reverenciarem a memória de pessoas que desde a fundação da cidade lacustre portando marcaram presença e nos legaram uma história fantástica e cheia de encantamentos.
Notoriamente a circunstancia me impõe a declinar perante a pessoa do fundador da cidade – FELIPE RODRIGUES, homem de fé, sertanista destemido, que por aqui passou em detrimento das “bandeiras” de Fernão Dias e Borba Gato na região.
Renegando uma vida de milionário – proprietário de minas de ouro, tendências históricas dizem não fosse seu temperamento desprovido da ambição não seria possível o surgimento da terra que certo dia um cientista revelou ser um bom lugar para se viver.
Paira no ar a leveza de um ambiente que nasceu sob o signo da fé.


Graças à sua personalidade Lagoa Santa não relembra episódios de escravos abatidos em troncos... Não temos as magníficas riquezas de altares modulados em ouro em pó, nem casas barrocas com fachadas exuberantes. Em razão disso, não guardamos na lembrança fatos que deprimem a nossa gente.
De sua biografia, a saber: Tendo se divergido do sócio Arzão (na exploração de minas de ouro e prata) embrenhou-se por matas portanto instrumentos rudimentares o que provocou chagas em seu corpo e, a tal ponto insuportável a dor, teve que parar em determinado ponto e descansar. Dormiu. Ao acordar deparou-se com águas cristalinas as quais o atraíram. Chegaram às margens dessas águas e nelas se banhou.
Continuou seus banhos por algum tempo e surpreendeu-se com a sua cura. Para a sua fé constatou seu milagre.
Dadivoso, lembrou dos que estavam em sua companhia, padecendo dos mesmos males infligidos pela travessia do sertão (confluência dos rios das Velhas e Doce) voltou para proclamar aos amigos as maravilhas da freguesia da Alagoa Grande e daí a formação de um aglomerado que se aumentava cada vez mais pelas noticias que se espalhavam.
Fixou residência na fazenda do Pastinho, sua propriedade, onde se dedicou à agropecuária e instalou o primeiro engenho para beneficiar a cana de açúcar.
Procurou ações religiosas para a direção desse povo, entrou em contato com o Cônego Antonio de Miranda (da Diocese de Mariana-primeira cidade e capital de Minas Gerais Brasil). Visitado pelo religioso, obedeceu a suas instruções desbravando a “Mata da Jangada”, descobrindo o”Largo” e discutindo entre si os nomes Alagoa Grande, padroeira Nossa Senhora dos Remédios e por fim Lagoa Santa e Nossa Senhora da Saúde.
Com os habitantes amigos construiu uma igreja de pequeno porte, de pau- a- pique substituída por outra de estilo barroco onde hoje existe um santuário Nossa Senhora da Saúde.
Através da divulgação de suas noticias, os valores terapêuticos das águas chegaram a impressionar não só a coroa portuguesa como também o mundo inteiro.
É possível que seus restos mortais ficassem enterrados no cemitério por ele desmarcado.
Em qualquer época da nossa historia, seja de pré-história à supersônica há de se reverenciar as pessoas que edificaram Lagoa Santa, com destaque Felipe Rodrigues, o valoroso sertanista fundador da cidade, que é Gente da Gente.

Escritora, Marlene Luzia Fonte:
-Valdemar de Almeida Barbosa – historiador
-Maria Marilda Pinto Corrêa
-Informações familiares
Produção, correção de texto e ilustração: www.lagoasanta.com.br
Colaboração: Adv. Cristina Maria de Sales



Os Rodrigues na Heráldica


RODRIGUES. Esta designação familiar foi, no principio, patronínio, pelo que há de muitíssimas assim chamadas, mas com origens absolutamente diversas, algumas, de certo, vindas da Espanha , pois tanto cá como lá o nome de Rodrigo foi vulgar .
Em Portugal usam-se três brasões de armas diferentes, relativos a família Rodri-gues, as quais são:
- a proveniente de Martim Rodrigues, que não se sabe identificar, mas cujas armas figuram no Livro do Armeiro-Mor, o que indica ser personagem que existiu antes de 1509 ou vivia por essa época;
- a que vem do bacharel Antonio Rodrigues, principal Portugal rei de armas, talvez por 1510;
- e a originaria de Espanha conhecida pelos Rodrigues de Lãs Varillas, chamam Rodrigues de Salamanca, por serem daqui a que também naturais, de onde vieram no tempo de Felipe II.

Fonte: Famílias Nobres, suas origens e suas armas
Antonio Machado de Faria, da Academia Portuguesa de Historia.
Ed. Enciclopédia Ltda – Lisboa – Portugal.
Publicado no jornal :A Tribuna do Leão Sabido, Ano 80, Nº 01,25 abril de 2006-Santos S.P.
 
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