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Demóstenes de Sales é Empresário, Engenheiro civil

A importancia da Avenida Getulio Vargas como via principal de transito da cidade.
A Avenida Getúlio Vargas contorna a lagoa central, sendo que, em volta do seu “anel”, convergem 30 vias (mapa), formadas por ruas, becos e avenidas, vindas do centro e dos bairros, ocupando as encostas da bacia da lagoa central.
Esta Avenida está para nós como a Avenida do Contorno para Belo Horizonte.
A sua principal característica é não ser cortada por nenhuma outra via primária ou secundária, tendo ainda um fluxo contínuo de veículos.
A importância da Av. Getúlio Vargas aumenta ainda mais se considerarmos que a Rua Conde Dolabela (Várzea) já apresenta pontos de congestionamento e lentidão de veículos, devido à grande expansão do comércio varejista, da existência de postos de Saúde e Supermercados, recebendo também todo o fluxo de veículos que vem do Joá e da região do Francisco Pereira.
Do lado oeste, temos a rua dos Operários, paralela à rua Ac. N. Figueiredo, com sete cruzamentos em declive, causando insegurança para o motorista, que a cada 100m é forçado a reduzir a velocidade.


Implantação de ciclovia, redução do passeio e pista de transito na Av. Getúlio Vargas.
Na Engenharia de Trânsito, é sabido que não existe um projeto ideal, já que o fluxo de tráfego é composto por vários tipos de veículos, além de veículos recreativos, pedestres e bicicletas.
Além disto, o tráfego não tem um fluxo uniforme nas diversas horas do dia, do mês e das estações do ano.
Para melhor entender vamos fazer uma análise por etapas da implantação da ciclovia na orla da lagoa:
-Projeto: O projeto inicial já chegou a campo com várias alterações, sendo que a mais polêmica e criticada pela comunidade foi a redução drástica da largura da pista de rolamento do trânsito para 4,50 metros, num só sentido. Nesse caso, foi desconsiderada a medida mínima por faixa de trânsito, que é de 3,00 metros, além do espaço de segurança, faixas de drenagens, faixas de ultrapassagem e o impacto causado nas vias adjacentes.
Atendendo às reclamações, inclusive dos Vereadores da cidade, a pista de trânsito foi alterada para 5,50 metros, sendo que o metro acrescentado foi retirado da largura do passeio já existente e da ciclovia.
Na implantação da ciclovia, caberia o velho ditado: “Querem colocar Belo Horizonte dentro de Sabará”.
Ressalte-se que o sucesso de um projeto não está em imitar outros locais, mas sim adequá-lo às necessidades locais, sem alterações de última hora para que haja uma obediência ao custo e ao tempo previstos.
Há que se assinalar também que não existe no local da obra a placa explicativa exigida pelo CREA/MG, citando o nome da construtora, o responsável técnico e o valor da obra. Nesse caso, cabe à sociedade deduzir que a obra seria do TAC - Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta nº 0148.10.00.292.6, firmado entre o Ministério Publico/MG e a empreendedora do Promenade Apart Hotéis Ltda.
Porém, o MP informa que não se trata da obra do TAC, cujo valor seria de R$1.695.256,11.
A primeira etapa da obra já foi concluída no trecho entre a Rua comandante Vitor e Cel. Benjamim com extensão aproximada de 550 metros.
Os serviços reiniciaram no princípio de novembro com outra empreiteira, e os empregados do local informaram que seria uma obra de responsabilidade da empresa Dominus Engenharia Ltda. Pelo TAC firmado, a lagoa em si ainda não foi beneficiada, os barrancos de contenção continuam desabando e o sistema de drenagem da água das chuvas não alterou em nada a já existente.
Segundo informação do encarregado no assentamento dos meios fios a largura da ciclovia passou para 1,70 metros e reduziu o canteiro central.


Ciclovia: O primeiro passo para se implantar uma ciclovia numa determinada área é a análise e a avaliação da sua aptidão para ser frequentada por ciclistas.
É fundamental que a ciclovia integre percursos que estabeleçam a ligação entre dois pontos relevantes, de forma contínua e o mais direta possível.
Deve-se analisar se o fluxo de bicicletas no local é relevante, como é o caso da rua Pinto Alves (trecho MG10) até a Vila Maria, local que comporta um grande número de trabalhadores que usam a bicicleta como meio de transporte. A figura ao lado mostra que a medida de 1,50m de largura da ciclovia construída atende com segurança só a um ciclista, não comportando o cruzamento de dois ciclistas. A medida construída tem UMA BITOLA CONFORTÁVEL PARA APENAS UM CICLISTA, apesar da pintura da pista sinalizar os dois sentidos para circulação das bicicletas.
Tem-se ainda que a ciclovia foi construída entre o passeio e o canteiro central de 60cm, porém rebaixado a 20cm na borda dos meios fios. O projeto traz riscos para o caso do pedal das bicicletas esbarrarem no ponto mais baixo.
Lembramos que inviabilidade das ciclovias construídas em Belo Horizonte continua rendendo criticas, não alcançou o objetivo esperado.

Canteiro central:
Tem a medida mínima de 60cm e serve como delimitação da área do ciclista, porém a escolha das árvores ali plantadas, destacando-se o Ipê, foi equivocada, já que se trata de árvore de grande porte que pode em sua fase adulta, deslocar o meio fio.
Passeio de pedestre:
Em 1990, na gestão do Prefeito Genesco Aparecido, foi retirado todo o piso articulado ou intertravado de concreto da pista de trânsito na Av. Getúlio Vargas, lado Várzea, sendo instalado o asfalto usinado.
Para reaproveitamento do piso, o mesmo foi utilizado no passeio da orla da lagoa, com uma largura de 2,40 a 3m , propiciando um espaço para a caminhada de até 04 pessoas emparelhadas.
Em 1992, com a entrada do prefeito Fagundes, o piso articulado do passeio foi retirado e instalado o concreto usinado, alternando a cor vermelha, mantendo a mesma largura.
Na 1º gestão do atual prefeito Rogério Avelar, a Prefeitura alargou 40cm no passeio entre o vertedouro até a área de lazer "Areião", com a finalidade de tampar uma vala contínua entre a parte interna do passeio e o barranco da lagoa.
Porém neste final de mandato foi reduzido o passeio.
Uma boa opção seria integrar o passeio com a ciclovia, destacando as faixas para segurança e conforto do pedestre e do ciclista. Veja o exemplo da foto abaixo na Enseada Azul, em Guarapari/ES.


lagoa avança em direção do passeio, ciclovia avança sobre a pista da Av. Getulio Vargas.

A introdução correta e oportuna de práticas de gestão de tráfego deve evitar a solução extrema de fechar vias ou suprimir sentidos.
O mapa estampado no inicio da materia mostra claramente que a Avenida é uma via principal, contorna toda a "lagoa central" atende todo o transito dos bairros localizados na bacia da lagoa.
As setas vermelhas do mapa mostram claramente as 30 vias primarias e secundarias que chegam ou partem dela.
Na parte já construida, tem-se a impressão de um condominio fechado.
Os moradores do Joa (lado sul), Recanto da Lagoa, Praia Angelica e região do Francisco Pereira com destino a parte alta do centro, rodoviaria, Santa Casa, Sec. de Saude, Forum e comercio em geral, serão os maiores prejudicados. Nestas areas o transporte coletivo é limitado, a locamoção é de carro, com isto deve aumentar o fluxo de veiculos cortando todo o centro da cidade.
A rua dos Operarios com mão dupla é a segunda opção, porem tem suas limitações.
Na saida para Belo Horizonte ( atras do Posto Boca do Rancho) existe sete cruzamentos com ruas de declives acentuados, por segurança o veiculo tem que reduzir a velocidade no final de cada quarteirão.
Após a inauguração do Hotel Promenade, com portaria na rua dos Operarios, vai complicar mais o trasito, pois será inevitavel os taxis, carros particulares, vans e onibus estacionados aguardando hospedes.

fotos abaixo já mostram as limitações do projeto.

Carro estacionado no passeio e na contra mão
Falta de faixa para ultrapassagem e de acostamento.

Pista ciclovia já mostra deformação:
A pista da avenida Getúlio Vargas está sobre um solo argiloso, baixa resistência e nos períodos de chuva a umidade torna o solo mais flexível ou elástico, e, como a pista é praticamente plana, sem caimento definido para as bocas de lobo, torna inevitável a formação de poças d’águas, reduzindo a vida útil da camada de asfalto, impedindo o ciclista de a utilizar nos dias de chuva.
O piso mais apropriado seria o revestimento da pista com blocos pré-fabricados inter travados de concreto, facilitando a drenagem da agua empoçada.


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