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Demóstenes de Sales é Empresário, Engenheiro civil

Deterioração precoce oriundo de má execução de trechos da pavimentos da ciclovia e reconstrução do passeio
Em comentários anteriores escrevemos sobre a,
" A importância da Avenida Getúlio Vargas como via principal de transito da cidade."
"Porque obra do passeio e ciclovia na orla da lagoa está parada."

Este artigo aborda a deterioração do pavimento de trechos da ciclovia da orla da lagoa, em decorrência da sua má execução, que ocorreu em duas etapas na Av. Getúlio Vargas, por força do TAC - Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta nº 0148.10.00.292.6, firmado entre o Ministério Público/MG e a empreendedora do Promenade Apart Hotéis Ltda.
É bom lembrar que a vida útil de obras de pavimentações de ruas, calçadas, pátios e passeios varia entre 10 e 30 anos.
Infelizmente, a existência de anomalias no projeto e no processo construtivo fez com que a sua durabilidade não alcançasse nem 8 meses de uso, sendo as avarias comprometem toda a obra até o momento.
Bastou a chegada do período das chuvas para acelerar o aparecimento dos defeitos construtivos e demonstrar a fragilidade da obra.
Neste caso não existe reparo, sendo que o mais aconselhável seria a demolição.
Cabe lembrar o comentário de um cidadão, enviado a um jornal de grande circulação: " ... Vejam se não faz sentido em uma cidade que carece de fluidez de transito, estreitam pista e passeios, eliminam faixas de transito...” na importante avenida Getúlio Vargas para criação de ciclovia.
A obra atualmente está paralisada e, até o momento, não agregou nenhum benefício para a lagoa.
Não podemos deixar de comentar outra obra de responsabilidade da Copasa na orla da lagoa, também sem conclusão, que já mostra o afundamento da vala onde passa o coletor principal de esgoto e da inacabada caixa elevatória.
O curioso é que tais obras não oferecem nenhum grau de dificuldade na execução, desde que atenda às normas técnicas da engenharia.
-No caso da ciclovia, esta foi projetada dentro de uma calha feita de meio fio, dificultando os pontos de drenagem localizada.
Neste caso a melhor solução seria especificar um piso tipo concreto poroso ou pavimento intertravado com blocos pré-moldados de concreto.
-Já o revestimento do passeio (segunda etapa) foi feito sobre uma camada de base com alta umidade, o que poderá provocar também em médio prazo o estufamento de algumas placas, além de acelerar as anomalias já apresentadas.

 
 
 
A Avenida Getúlio Vargas contorna a lagoa central, sendo que, em volta do seu “anel”, convergem 30 vias (mapa), formadas por ruas, becos e avenidas, vindas do centro e dos bairros, ocupando as encostas da bacia da lagoa central.
Esta Avenida está para nós como a Avenida do Contorno para Belo Horizonte.
A sua principal característica é não ser cortada por nenhuma outra via primária ou secundária, tendo ainda um fluxo contínuo de veículos.
A importância da Av. Getúlio Vargas aumenta ainda mais se considerarmos que a Rua Conde Dolabela (Várzea) já apresenta pontos de congestionamento e lentidão de veículos, devido à grande expansão do comércio varejista, da existência de postos de Saúde e Supermercados, recebendo também todo o fluxo de veículos que vem do Joá e da região do Francisco Pereira.
Do lado oeste, temos a rua dos Operários, paralela à rua Ac. N. Figueiredo, com sete cruzamentos em declive, causando insegurança para o motorista, que a cada 100m é forçado a reduzir a velocidade.



fotos abaixo já mostram as limitações do projeto.

Pista ciclovia já mostra deformação:
A pista da avenida Getúlio Vargas está sobre um solo argiloso, baixa resistência e nos períodos de chuva a umidade torna o solo mais flexível ou elástico, e, como a pista é praticamente plana, sem caimento definido para as bocas de lobo, torna inevitável a formação de poças d’águas, reduzindo a vida útil da camada de asfalto, impedindo o ciclista de a utilizar nos dias de chuva.
O piso mais apropriado seria o revestimento da pista com blocos pré-fabricados inter travados de concreto, facilitando a drenagem da agua empoçada.


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